Marlon Villas
Cartaz na Noruega. (Fonte: http://all-artisans.com) |
O garoto
já é conhecido no mundo inteiro como o eterno Ronald Weasley, dos filmes da
saga Harry Potter. Mas alguma coisa me dizia, há alguns anos, que ele
tinha algo de especial como ator. E parece que tem mesmo, ao menos como um
sujeito versátil naquilo que faz.
Into The White, sem título em português no Brasil até este
instante, foi lançado recentemente, em agosto de 2012, na Noruega em Blu-ray e
DVD, mas ninguém por enquanto confirmou se será lançado no Brasil da mesma
forma, conforme alguns sites internéticos. O que posso dizer a respeito do
filme é que se trata de uma história baseada em fatos reais. E que Rupert (falo
mais no nome dele por ser o mais famoso do elenco, é claro, não que os outros
atores não tenham atuações excelentes) mostrou algo bem diferente do que todos
estão acostumados a ver em suas atuações como o melhor amigo do jovem e
inseguro bruxo na série criada por J. K. Rowling.
Antes de continuar,
devo acrescentar que Rupert Grint está demonstrando mais fôlego como ator de
cinema fora da imagem de Weasley do que os outros famosos colegas de filmagem
em Hogwarts, Emma Watson e Daniel Radcliffe.
O garoto Weasley, ou
melhor, Grint interpreta um jovem soldado inglês que combateu na Noruega
durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial, em 1940. Ele e seu
capitão, após serem abatidos em seu avião, acabam encontrando uma cabana no
meio do deserto gélido do país, onde três soldados alemães, também derrubados
em combate aéreo, já estavam alojados. No início, obviamente, há uma disputa
entre rendição e controle de poder entre os inimigos, porém aos poucos todos
percebem que precisam se unir não como militares, mas como homens para garantir
a sobrevivência em um período inusitado, de privação e sofrimento.
O filme expõe aquilo
que as forças armadas não podem admitir em momentos críticos (não que não
possam reconhecer, o que é diferente): que um inimigo de guerra, no fundo, é
apenas outro ser humano, como qualquer um. Não desejo entrar aqui em discussões
sobre o que é certo e o que é errado na conduta de formação de militares de
qualquer esfera, apenas que a obra, baseada em uma história verídica, aponta um
fato bem claro. Tal fato é o de que, além de ideologias, políticas e regras
institucionais rigidamente estabelecidas, existe algo mais profundo: a
necessidade da humanidade enquanto um conjunto de seres sociais, que buscam
alguns instintos primitivos de bando ou comunidade diante de adversidades.
Cena na cabana, onde se passa a maior parte do filme. (Fonte: http://recantoadormecido.com.br) |
Acredito que muitos
de vocês já assistiram a outros filmes ambientados em conflitos armados com temáticas
subjacentes similares a esta, mas escrevo sobre este em particular para
que possam se interessar em conhecer uma parte da Segunda Grande
Guerra do qual poucos, ao menos no Brasil, tenham ouvido falar alguma vez. E
para verem que Rupert Grint, embora para sempre ficará em nossas memórias como
aquele garoto ruivo e engraçado com uma varinha mágica nas mãos, pode ser
também uma boa promessa como ator, que poderá nos deixar fascinados com suas
atuações, por querer ser mais do que um ídolo jovem.
Título: Into The White
Lançamento: 2012
Direção: Petter Næss
Duração: 100 minutos
Que texto bacana. Curti.
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